Ao longo da série de Encontros Regionais da Abrapp, onde abordamos o tema de Inovação e Economia Compartilhada, passei rapidamente pelo tema das soft skills.
A abordagem relâmpago sobre o tema, deu-se exclusivamente pela escassez de tempo para maior aprofundamento. Mas, mesmo que de forma muito breve, fiz questão de trazer o tema para o contexto, uma vez que o considero fundamental para o nosso processo de mudança de mindset.
Estamos vivenciando uma nova revolução industrial, e apesar da semelhança com as anteriores, onde a automação nos substituía em operações manuais, nesta revolução temos um novo ingrediente. Desta vez, vemos uma revolução em que a tecnologia passa a exercitar também habilidades cognitivas.
A economia está mudando, as formas de consumo e de relacionamento com clientes também. Precisamos “disruptar” nossos negócios e adotar um novo mindset para nos mantermos atuais e atuantes nesse novo mercado. Mas para isso, precisamos também nos disruptar!
As instituições não são constituídas por seus prédios, salas, mobiliários, equipamentos e sistemas. Elas são constituídas por pessoas! E isso ficou escancarado durante essa pandemia. Grandes arranha-céus com lindas salas comerciais completamente vazios, mas, operações continuadas, graças a atuação das pessoas.
Aceleramos exponencialmente o processo de transformação digital, que por diversas vezes, estava muito mais presente no discurso do que na prática. Mas o quanto estamos evoluindo nossas habilidades para esse novo mundo?
Por muito tempo centralizamos nossas atenções nas habilidades técnicas, as chamadas hard skills, entretanto as habilidades comportamentais, as chamadas soft skills são fundamentais nesse novo ambiente.
Habilidades como inovação, adaptabilidade, criatividade, abertura à mudança, empatia, empreendedorismo, entre outras, nunca foram tão necessárias dentro das nossas organizações. A forma de liderar também está mudando. As tomadas de decisão devem ter um olhar cada vez mais crítico e estratégico, acompanhado de análise de tendências. Esse processo de desenvolvimento deve ser uma busca pessoal e coletiva.
Junto ao processo de transformação digital, precisamos fazer um movimento de transformação organizacional, onde a cultura, precisa estar alinhada a esse novo mindset para que ele seja de fato, efetivo.
Tudo é um processo, uma jornada, onde damos um passo atrás do outro. Se, por um lado, do ponto de vista antropológico, tendemos ao que nos é conhecido o que, por vezes, dificulta o processo de inovação, por outro, em caso de necessidade mostramos grande capacidade de adaptação. Então, vamos mudar aquela velha expressão “se não vai pelo amor, vai pela dor” e fazer esse movimento por amor ao proposito do nosso negócio, que é cuidar e proteger pessoas. E você, como está nesse processo de auto reinvenção?